sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aos amantes, covardes ou não.

O amor é a maior fonte de medo e insegurança dos amantes. Não amantes vulgo adúltero, ok? São os amantes vulgo praticantes do amor. E isso pode incluir os adúlteros também, sem problemas. Mas a maioria odeia o amor. Que controvérsia, não? Sentimentos opostos no lugar do verbo e do substantivo de uma mesma frase. Mas, na minha opinião, só enxerga oposto quem enxerga sozinho. Jogue os dois sentimentos e seus derivados num liquidificador, acrescente um pouco de açúcar e sal e veja no que dá. Garanto que fica homogêneo. Eles são as duas faces da mesma moeda, e no meio se metem a paixão, a raiva, o desejo, a inveja, dentre outros intrusos não mesmo interessantes. Mas não é assim, chegar lá e dizer: “Cara é ódio, coroa é amor. Droga, deu cara, te odeio!”. Não seja burro(a) pra achar que é fácil assim. Muitos dizem “o amor é lindo, porem traiçoeiro. Cuidado!”. Cuidado com o quê meu bem? Como se tomar cuidado com uma coisa que chega sem avisar, sai atropelando tudo, acaba com sua vida e no final se recebe a promessa de felicidade eterna? Até o amor adormecer, vale ressaltar! Sim, é um sentimento raro e difícil de ser mantido. Quando ele se torna um fardo, aí é bom se conformar e tentar não morrer de depressão. E aonde entra o ódio nisso? Em tudo, é claro. Você se odeia por amar um babaca ou uma fútil, se odeia por nutrir um amor platônico, se odeia por ter investido num amor que não deu certo, enfim, você acaba odiando amar. E o ódio nada mais é do que o amor dos fracos e covardes. Nada mais é do que uma desculpa para não encarar os fatos e dar a cara à tapa. Se você já optou pelo ódio, sabe do que eu estou falando, mas nunca vai admitir. “Não é fraqueza, e sim ódio mesmo. Nada de desculpinhas sem sentido”, essa é a desculpa que mais se ouve. Lidar com o ódio é fácil. O problema é lidar com o amor, fonte de todos os outros sentimentos. E o único jeito de aprender é vivendo. Não adianta querer fugir. Não tente, não vai dar certo. A vida não é completa sem o amor. Fica tão monótona quanto assistir A Lagoa Azul na Sessão da Tarde. E o máximo que você vai conseguir assistindo esta porcaria é sentir inveja da linda e melosa história de amor. Não vale a pena, vale?

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